quinta-feira, 27 de julho de 2017

Atividade de verão dos exploradores do Agrupamento 588



A Expedição 17 do nosso agrupamento de escuteiros terminou o ano escutista com a realização da sua atividade de verão no Campo Permanente do Bonito, no Entroncamento, de 7 a 12 do corrente mês.
Mochilas às costas e lá fomos nós. Éramos 27 mais quatro Chefes. Dois foram na carrinha que o Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Nazaré nos cedeu para levarmos todo o material de campo (tendas, grelhas e botijas de gás, panelas, bacias, toldos, enxada e ancinho e ainda material de corte como, por exemplo, serrotes, martelos etc.) e nós, alegres e contentes, depois de nos despedirmos dos pais na estação em Aveiro, partimos no comboio das 20h31.
Chegados ao Entroncamento e convencidos que teríamos de carregar com as pesadas mochilas (cheias com os pertences pessoais, ceia e pequeno almoço do dia seguinte e ainda muito “contrabando”, nomeadamente, doces e afins para roermos e partilharmos dentro das tendas às escondidas. Os Chefinhos pediram aos chefes do agrupamento de Oliveirinha a carrinha de caixa aberta e foram buscar as nossas mochilas. Isto estava a começar altamente.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré

Para memória futura 


Os mais jovens, que estudam, trabalham e se divertem, têm o tempo tão cheio que nem podem refletir sobre o viver dos seus e nossos antepassados. Por isso, julgo saber bem conhecer algo sobre a nossa terra e suas gentes, recuando algumas décadas. É o que fazemos hoje, com votos de que o conhecimento do passado nos estimule na construção do presente e do futuro.

Decreto de D. João Evangelista de Lima Vidal, Arcebispo-Bispo de Aveiro

“D. João Evangelista de Lima Vidal, 
por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, 
Arcebispo-Bispo de Aveiro, 
Assistente ao Sólio Pontifício.

Atendendo ao incremento populacional e social que tem tomado nestes últimos tempos a Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, dispersa presentemente pelas três freguesias de Ílhavo, Gafanha da Nazaré e da Gafanha da Encarnação, e considerando que esta Colónia tem, e convém que tenha, um aspecto unitário e não se divida em três partes com prejuízo da sua vida comum, de acordo com os Reverendos Párocos das freguesias a que actualmente pertence a Colónia, não havendo motivos de interesses ou sentimentos locais que possam obstar à realização do intento:

HAVEMOS POR BEM decretar o seguinte:

1 – Toda a Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, como ela se encontra constituída, ficará pertencendo, desta data em diante, à freguesia de Ílhavo;

2 – Encarregamos o Reverendo Arcipreste do Distrito Eclesiástico de dar execução a este decreto, nas formas estabelecidas.

Publique-se no órgão oficial da Diocese e arquive-se.

Dado em Aveiro, aos 10 de Dezembro de 1956.

João Evangelista
Arcebispo-Bispo de Aveiro”:


terça-feira, 25 de julho de 2017

Dia Mundial dos Avós na Biblioteca de Ílhavo



Na Biblioteca Municipal de Ílhavo, vai ser celebrado amanhã, 26 de julho, pelas 14h30, o Dia dos Avós, numa perspetiva de reconhecer a experiência e o valor da sabedoria. Para isso, importa muito a participação dos avós e dos seus netos, estando garantida uma atividade que tem por título “Adoro os meus Avós e eles adoram-me”. Também estão programados a Hora do Conto e um Ateliê de Expressão Plástica para Avós e Netos.

Informações paroquiais

Semana de 23 a 30 de julho 


1. – Na próxima quarta-feira, dia 26, a Igreja celebra na Liturgia a memória obrigatória de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Santa Maria. Na intenção da Eucaristia rezamos pelo dia dos Avós.

2. – No próximo sábado, dia 29 de Julho, celebramos a Solenidade de Nossa Senhora dos Aflitos, padroeira do lugar da Chave, com Missa solene às 17:00 Horas, na Igreja da Chave.

3. – Ainda faltam pessoas para levar e enfeitar os andores na Procissão de Nossa Senhora da Nazaré. Os interessados podem dar o nome no Cartório Paroquial.

4. – A Escola de Música da Filarmónica Gafanhense tem as inscrições abertas para o ano lectivo 2017/2018 com a oferta formativa disponível para aulas de formação musical e aulas de instrumentos.

5. – Lembramos os paroquianos que se encontra em pagamento a Coleta Paroquial. Os envelopes poderão ser entregues nos ofertórios das missas, ou no Cartório Paroquial. Agradecemos a partilha e generosidade de todos.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Divorciados recasados — A Igreja em Movimento de Ajuda


“Vamos levar connosco a «Alegria do Amor» para, em férias, revisitarmos toda a exortação do Papa Francisco que, durante o ano, andámos a ler com um grupo de casais amigos”. E adiantam que “não se pode deixar passar, sem especial cuidado, mensagem tão importante.” Agradecia-lhes a informação, felicitei-os pela decisão tomada e anunciei-lhes que também eu a estava a reler e a tomar notas que, de vez em quando, dava a conhecer. Algumas dessas notas versam sobre os divorciados recasados que, sendo cristãos praticantes, querem viver a comunhão possível na Igreja.

“Não é a «Amoris laetitia» que põe a família em crise. É a crise da família que põe a Igreja em movimento.” Esta afirmação pertence ao cardeal José Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. E constitui uma chave de leitura que ajuda a ver com atenção o que vem a público sobre a recepção da “Alegria do Amor”, sobre a relação entre a família e a Igreja, sobre a clara opção estratégica pastoral do Papa Francisco para a tão desejada saída missionária, a conversão, a compreensão da Igreja a partir “de baixo” onde o Espírito Santo lança continuamente as sementes do Reino de Deus. De facto, a alegria da família é o júbilo da Igreja. E a inversa também se pode afirmar. A reciprocidade é clara e interpelante. Por isso, a resposta à vocação da família é única e insubstituível, tanto para a Igreja como para a sociedade (AL 88).

As pessoas existem dentro de restrições, observa o cardeal Schonborn ao falar nas sessões preparatórias do Encontro Mundial das Famílias a realizar na Irlanda em 2018. E lembra que o Papa Francisco “frequentemente volta ao que disse na “A Alegria do Evangelho” em que um pequeno passo em direção ao bem feito sob circunstâncias difíceis pode ser mais valioso do que uma vida moral sólida sob circunstâncias confortáveis”.
Define assim os três pólos a ter em conta na atenção às famílias: A beleza do amor conjugal heterossexual, vivido em situações concretas e os passos a dar numa caminhada a realizar em casal. De permeio, como elemento aglutinador, está o discernimento espiritual e o acompanhamento pessoal e conjugal ou familiar. E a convicção forte de que um pequeno passo na direcção certa tem um valor enorme, pois condensa a realização possível do ideal apontado doutrinalmente.
“A Igreja deve estar de pé e em caminho, escutando as preocupações da gente e sempre na alegria”, exorta o Papa Francisco numa das suas homilias na Casa Santa Marta. E indica o exemplo do diácono Filipe (Act Ap 8) salientando os passos a dar: Prepara-te e vai; aproxima-te desse carro e acompanha-o; ouve as inquietações das pessoas; anuncia a Boa Nova desejada; vive a alegria de ser cristão. Passos que podem servir de referência para um agir pastoral solícito respeitoso.
A situação do novo casal, depois da experiência dolorosa do fracasso matrimonial, será semelhante, em metáfora, à de um precioso vaso de porcelana, cheio de fissuras cobertas pela finura do artista que sabe juntar em harmonia os pedaços partidos, aplicar-lhes a cola adequada e recobri-los com a tinta correspondente, fazendo brilhar o oiro sobre um atraente azul-escuro. Apreciar e valorar esta nova situação constitui um sólido ponto de partida para o desejado processo de integração eclesial.
Seguem-se outros passos como a revisitação da experiência anterior, a verificação das relações com as pessoas envolvidas, designadamente os filhos (se os há), o ex-cônjuge e os pais, a consistência da nova situação e propósito de caminhar gradualmente no rumo certo.
“A casa se desmoronará um dia se não se vigiar o vigamento.” Esta advertência é feita pelo Padre Henri Caffarel aos casais das Equipas de Nossa Senhor, em 1945 e destaca a necessidade do «dever de sentar» ou seja de namorar a relação e a vida, de dialogar com simplicidade e franqueza.
O casal em nova situação é sempre o protagonista da caminhada a que se propõe. Ajudado, sem dúvida, mas nunca substituído na sua consciência. Por amigos experientes e aceites. Pelo padre acompanhante por missão ou por escolha. Por grupos que se organizem nesse sentido. As possibilidades são muitas quando a criatividade faz brilhar a caridade que nos impulsiona.
E surgem iniciativas e projectos que testemunham a coragem de quem avança e sonha com uma Igreja em movimento. A título de referência, mencionam-se alguns, apenas: O recente encontro do Papa Francisco com mulheres divorciadas pertencentes ao grupo Santa Teresa, na diocese de Toledo; o serviço de Reliance organizado pela diocese de Lille e implementado pelas Equipas de Nossa Senhora; a integração de iniciativas várias em planos de pastoral a nível diocesano, como Santarém, e em catequeses familiares em paróquias; a divulgação de critérios de orientação pastoral elaborados por Bispos, como os da região pastoral de Buenos Aires que inspiram muitos outros, designadamente o documento dos Bispos do Centro de Portugal; os grupos de informação e sensibilização sobre a problemática que comporta a situação canónica dos cristãos divorciados recasados na Igreja.
“Não se deve deixar de acompanhar e educar a comunidade para que cresça no espírito de compreensão e de acolhimento… A comunidade é instrumento da «misericórdia que é imerecida, incondicional e gratuita» refere o mencionado documento dos nossos Bispos, apoiando-se na “Alegria do Amor”.

Georgino Rocha 

sábado, 22 de julho de 2017

Permanecer em paz



Permanecer em paz
que é a harmonia dos poderes
para lá (certamente) do turbilhão
para lá da abstenção serena
para lá do abandono voluntário dos heróis
na harmonia dos poderes
coincidindo com a mais humilde humildade
isto, na mediocridade dos dias
sem altivez, sem saber e algumas vezes sem graça.

Maurice Bellet
In Cahiers pour croire aujourd'hui, 
Novembro 1993

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Os nossos emigrantes e as suas raízes



Muitos dos nossos conterrâneos que rumaram a outros países, procurando melhorar as suas condições de vida e das suas famílias, estão agora de regresso à sua amada Gafanha da Nazaré, para gozarem um período de merecidas férias pelas quais ansiaram ao longo de todo o ano. Só Deus sabe o quanto lhes foi penoso procurarem integrar-se noutros povos, noutras culturas e noutros costumes, carregando tantas vezes com a dificuldade da comunicação linguística e vivendo, todos os dias, essa saudade que lhes consome a alma e que é tão típica do povo português.
Eles aí estão para revisitarem familiares e amigos, para batizarem os filhos, para contraírem matrimónio na sua bonita igreja paroquial, para participarem nas festas religiosas, matando assim as saudades acumuladas. Sendo pároco de todos, desejo-lhes um bom regresso às suas raízes e uma reconfortante estadia que passa sempre tão rápido.
Formulo o voto de não se esquecerem de passar pela vossa igreja paroquial e, se possível, participarem na missa dominical porque, como todos sabem, para Deus que vos ama, protege e enche de bênçãos, não há férias. Gostava de dialogar um pouco com os que se dispuserem a tal numa vossa passagem, ainda que breve, pelo cartório paroquial. Cá vos espero para nos conhecermos melhor, partilharmos a alegria do encontro e inteirar-me da vossa vida e família, com a certeza de que somos irmãos em Cristo e temos um Pai comum que é Deus. Sede bem-vindos.

Padre César, pároco

terça-feira, 18 de julho de 2017

Férias ao sabor da maré

Parque Infante D. Pedro em Aveiro

As férias, à partida, estão ao alcance de todos. Não podem ser, nem são, necessariamente, sinónimo de despesas. E podem ser gozadas, procuradas e vividas quando nós quisermos, ao sabor da maré. 
Quando falamos de férias, estamos apenas a lembrar que elas correspondem a descanso, suspensão das tarefas profissionais de acordo com as leis oficiais que as regulam, paragens profissionais ou outras para retemperarmos o corpo e o espírito, fuga ao stresse desgastante, hora de reorganização da vida, busca de novos e mais estimulantes desafios, tempo para acertarmos o passo com familiares e amigos, estando garantido que depois delas poderemos encetar no dia a dia equilíbrios que nos rejuvenesçam. 
As férias, se quisermos, podem e devem ter momentos contemplativos face à natureza que nos envolve, com os ares puros das florestas, da ria e do mar a alimentarem a nossa alegria de viver e de estar com os outros, tendo por pano de fundo familiares e amigos, mormente os mais idosos, os doentes, os que vivem sós e esquecidos. 
Olhando para nós próprios, as férias podem permitir-nos realizar o que tantas vezes adiámos: ler livros que nos enriqueçam o espírito; ouvir a música que nos embala a alma e nos eleva, quantas vezes, até ao divino; ver ou rever um bom filme, que os há para todos os gostos. E o jardim não estará à nossa espera para novos ensaios? E a rega diária não estará a fazer falta? E a recolha de flores para os enfeites sempre agradáveis? E os festivais que pululam por todo o lado não serão desafios oportunos para novos estados de alma? E uns mergulhos no mar ou na ria não agitarão a modorra que o calor nos traz? E com a nossa capacidade criativa não poderemos inventar formas e estilos de vida mais saudáveis? E não estará nas nossas mãos repudiar ódios e raivas, procurando antes cultivar a esperança e levar à prática a fraternidade? 
Boas férias para todos.

Fernando Martins

Nota: Texto publicado no jornal TIMONEIRO

Padre Rocha é o novo Vigário Geral da Diocese

Vigário Geral da Diocese


«O vigário não tem agenda própria, mas a do seu bispo.» Esta terá sido a primeira reação do padre Manuel Joaquim Rocha, pároco da Vera Cruz, ao saber da sua nomeação para o cargo de Vigário Geral da Diocese, substituindo Mons. João Gaspar que ocupou tal missão durante cerca de 30 anos, e o padre Georgino Rocha, pró-vigário-geral.
A tomada de posse teve lugar no passado dia 7 de julho, sexta-feira, na Eucaristia de encerramento do retiro dos presbíteros, que se realizou na Casa Diocesana de Nossa Senhora do Socorro, em Albergaria-a-Velha. Presente parte do presbitério de Aveiro e vários amigos do padre Rocha, que quiseram associar-se ao momento da assunção de responsabilidade de um sacerdote, que passa a ser o mais próximo colaborador do Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. O prelado aveirense fez questão de informar que a nomeação do novo Vigário Geral da Diocese surgiu na sequência de consulta aos padres que exercem o seu múnus sacerdotal na Igreja Aveirense.
«Confio que o Deus de Jesus Cristo me vai ajudar nesta nova missão e que Nossa Senhora do Socorro ou da Apresentação me continuarão, de braços abertos, a oferecer o Filho ou a acolher o peregrino, e que os meus pais, lá do alto, continuarão a velar por mim», frisou o já Vigário Geral. E sublinhou que confia «na ajuda de todos: padres, diáconos, consagrados e leigos, mas, em especial, «na ajuda e incentivo dos meus irmãos padres». «Sois – somos – uma peça fundamental em todo este trabalho. Mais velhos ou mais novos, doentes ou com saúde, conto muito convosco», adiantou. 
Além de pároco da Vera Cruz, com todas as tarefas que lhe são inerentes, o padre Rocha é juiz do Tribunal Diocesano.
Suplicamos a Deus as maiores bênçãos para que o novo Vigário Geral da Diocese de Aveiro possa desempenhar a sua missão em consonância com o nosso Bispo, D. António Moiteiro, para bem da igreja e da sociedade aveirense.

F. M. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Informações Paroquiais — 16 a 23 de julho



1. – Os Caminheiros e alguns chefes do nosso Agrupamento de Escuteiros em colaboração com a organização “Médicos do Mundo” irão ajudar na reconstrução das habitações ardidas nos últimos incêndios na zona de Castanheira de Pera. Desejam levar consigo para distribuir, alguns bens de higiene e bens alimentares não perecíveis, como massas, arroz, conservas, leite, etc. Assim, à entrada das Eucaristias do próximo fim-de-semana receberão as nossas dádivas. Sejamos generosos.

2. – Como este ano não há Comissão para organizar a Festa de Nossa Senhora da Nazaré, a Irmandade assumiu esta tarefa de organizar a festa religiosa. Por isso, hoje à saída das Eucaristias, elementos da Irmandade, devidamente identificados, estarão a receber as nossas ofertas para fazermos uma festa religiosa digna. Colaboremos dentro das nossas possibilidades.

3. – As dádivas monetárias da nossa Paróquia para as vítimas dos incêndios de Pedrogão e concelhos vizinhos, totalizaram dois mil quatrocentos e sessenta e cinco euros e setenta e cinco cêntimos. Uma palavra de profunda gratidão pela vossa generosidade.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

Padre César Fernandes


Como pároco, desejo felicitar os 27 adultos que vão receber os sacramentos da iniciação cristã no dia 15 de julho na nossa Igreja Matriz. A Nono Ca e Ca receberá o Batismo, a Eucaristia e a Confirmação, e os restantes elementos receberão o sacramento do Crisma.
Estes adultos tiveram um ano de caminhada em que refletiram sobre a Bíblia, procurando retirar dela lições para o seu peregrinar neste mundo. Todos estes adultos, desistentes da catequese paroquial sistemática pelos mais diversos motivos, inscreveram-se para esta preparação intensiva sobre os sacramentos da iniciação cristã. Gostaram muito desta experiência e aprendizagem. Descobriram Deus como um Deus de misericórdia, amor e perdão e Jesus Cristo como o irmão mais velho que os encaminha para o Pai. Demos graças a Deus por ter feito dos seus corações um campo fértil para as sementes do Reino germinarem.
O seu formador, Didácio Frei, uma pessoa com “um saber de experiências feito”, levou-os a vivenciarem essa experiência amorosa de Deus e a entusiasmarem-se por Jesus Cristo. O formador orientou-os para a dimensão do testemunho a dar ao mundo como batizados e confirmados na Fé adulta pelo sacramento do Crisma. O nosso cristianismo não é para ficar na gaveta, mas para anunciar a todos a alegria do evangelho. Dentro das paredes da igreja é fácil ser-se cristão porque todos falamos a mesma linguagem, mas é vital para a igreja ser cristão fora do templo, transformando os nossos ambientes e levando-os a aproximarem-se mais de Deus, tendo famílias que sejam “igrejas domésticas” e humanizando os mundos do trabalha, social e do lazer. Estou certo que os novos crismandos, ocupando cada um o lugar que lhe compete na igreja, se irão empenhar nesta tarefa de evangelização do mundo. Que Deus a todos abençoe e lhes transmita o fogo do Seu Espírito.

Padre César Fernandes

terça-feira, 11 de julho de 2017

Passeio dos catequistas da Paróquia da Gafanha da Nazaré





Ainda não eram 10 horas da manhã de Domingo e já um grupo se concentrava no Jardim 31 de Agosto junto a um autocarro. 
É o dia do passeio de fim de ano dos catequistas e respetivas famílias, da nossa Paróquia, os que puderam e quiseram juntar-se, para passar um dia diferente.
Este ano, e à semelhança do ano transato, o local escolhido foi o Parque Temático Molinológico de UL, Oliveira de Azeméis.
Um local muito aprazível, onde a mãe natureza é rainha: um riacho refrescante, árvores frondosas em abundância e o chilrear dos pássaros contrastante com um silêncio acolhedor é o que nos é oferecido.
Depois há o afamado pão de UL, a sair do forno de lenha várias vezes ao dia, que nos conforta o estômago e alimenta o corpo.
A rota dos moinhos, que outrora moeram a farinha para o famoso pão da região, foi a caminhada proposta para abrir o apetite para o almoço. Só os corajosos alinharam mas, pelo testemunho dado, valeu o esforço.
Já aos que comeram em demasia ao almoço, e para que a digestão se fizesse mais rápido, foi proposta a rota dos vestígios arqueológicos do castro de UL.
Sim, porque o almoço preparado com esmero, por cada família, foi partilhado numa longa mesa, onde várias iguarias foram bem saboreadas e regadas com sumos para os mais novos e, para os mais velhos, com o “mel da videira” que cada homem fez questão de apresentar, numa escolha primorosa. 
Para os que não tiveram coragem suficiente para o percurso proposto para a tarde, aproveitaram para por a conversa em dia ou para bater umas cartas. Não sabemos o resultado, apenas sabemos que todos saíram a ganhar. 
De referir que o Padre César e o nosso sacristão, sempre disponíveis e bem dispostos, nos acompanharam neste dia, ajudando a este ambiente fraterno, calmo e alegre.
E como diz o ditado: “o que é bom acaba depressa”… pelas 5 horas da tarde, regresso ao autocarro que nos levaria a casa. Cansados? Talvez… não fazer nada também cansa. Mas de coração cheio, retrato de um dia com amigos com quem gostamos de estar.

Maria de Lourdes Almeida 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Papa Francisco não esqueceu o Domingo do Mar


O “Domingo do Mar”, que se celebrou ontem (segundo domingo de julho), foi evocado pelo Papa Francisco, no Vaticano. Entre nós, tanto quanto me lembro, tal efeméride era celebrada há anos, quando o Stella Maris tinha alguma relevância nas regiões marítimas e lagunares da nossa diocese. Depois passou à história, não obstante persistirem atividades ligadas, direta ou indiretamente, ao mar e à ria. 
Todos sabemos que a vida é assim, ao jeito de modas e interesses que ora motivam as pessoas ora as fazem esquecer o sentido festivo nas suas ações e profissões. A festa, ao redor das atividades profissionais, que gera o convívio e a fraternidade, quase caiu em desuso. É pena.
O Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes lembra, na sua mensagem, que há cerca de um milhão e 200 mil marinheiros que operam na indústria marítima, acrescentando que «esta profissão é praticamente desconhecida», como são desconhecidas também «as dificuldades e perigos que enfrentam». Manifestou, por isso, a esperança de «uma mudança concreta nas situações de trabalho das equipas que prestam serviços a bordo dos navios, quase sempre “invisíveis”». 
Entretanto, aquele Pontifício Conselho expressa o «seu apreço e reconhecimento a todos os capelães e voluntários do Apostolado do Mar, cuja presença nos portos é um sinal da Igreja entre marinheiros, que mostra o rosto compassivo e misericordioso de Cristo».

Fonte: Ver aqui 

sábado, 8 de julho de 2017

Informações Paroquiais — 9 a 16 de julho



1. – O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré irá realizar o Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, hoje, sábado, às 21 horas no Jardim 31 de Agosto. Todos estamos convidados. 

2. – Confissões para os Crismandos, pais e padrinhos, quinta-feira, às 21:00 Horas, na Igreja Matriz. 

3. – Reunião e ensaio para todos os Crismandos e respetivos Padrinhos para preparar a celebração, sexta-feira às 21:00 Horas, na Igreja Matriz. 

4. – Administração do Sacramento do Crisma, sábado, na Eucaristia das 19:00 Horas. 

5. – A nossa Paróquia foi muito generosa nas dádivas monetárias para as vítimas dos incêndios de Pedrogão e concelhos vizinhos. Até ao momento, as nossas ofertas totalizam 2305 euros e 75 cêntimos. Se alguém mais pretender contribuir, ainda o pode fazer no Cartório Paroquial. Uma palavra de profunda gratidão a todos. 

6. – Como este ano não há Comissão para organizar a Festa de Nossa Senhora da Nazaré, a Irmandade assumiu esta tarefa de organizar a festa religiosa. Por isso, no próximo fim-de-semana, à saída das Eucaristias, elementos da Irmandade, devidamente identificados, mais uma vez, estarão a receber as nossas ofertas para fazermos uma festa religiosa digna. Colaboremos dentro das nossas possibilidades.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Acampamento Municipal girou à volta do ambiente



 Nos dias 1 e 2 de Julho realizou-se o 9.° ACAMUN (Acampamento Municipal), cujas atividades giravam à volta do tema Ambiente (Reciclagem, Reutilização e Reaproveitamento), no parque de merendas da Gafanha do Carmo.
Fomos muito bem recebidos com um Pórtico de entrada muito original (feito de madeira por um Chefe da Gafanha do Carmo) e estávamos todos repletos de boa disposição para iniciar mais uma atividade escutista.
Durante a manhã, montámos o campo e à tarde partimos para um RAID cheio de jogos e desafios. Quando chegámos, preparámos o nosso jantar e depois participámos na missa, no campo. 
No domingo, acordámos as 7h30, tomámos o pequeno-almoço para depois nos juntarmos aos outros exploradores dos seis agrupamentos do Concelho de Ílhavo, para mais actividades. 
Utilizámos vários materiais usados para construirmos um espanta-espíritos e um suporte para velas.
Enquanto os cozinheiros preparavam o almoço os estantes elementos desmontavam e arrumavam o campo.
Apesar do acampamento estar a acabar, ainda estávamos com muita energia e ansiosos por receber os prémios.
Cada secção teve direito ao 1.°, 2.° e 3.° lugar; dos exploradores, o 3.° lugar pertenceu a uma patrulha da Gafanha da Nazaré. 
Cantámos a canção do adeus e assim terminou mais um acampamento! 

Gabriela Santos, Mafalda Carvalho e Mafalda Lima 
Exploradores do agrupamento 588

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Gratidão aos catequistas da Gafanha da Nazaré

Padre César Fernandes 

No Dia da Comunidade Paroquial, celebrado este ano no Jardim 31 de Agosto, encerraram as atividades normais da Paróquia e da nossa catequese. Iremos ter um tempo de merecidas férias que, seguramente, irá servir para recarregar energias, para o descanso, a contemplação, a reflexão e oração porque, para Deus, não há férias como sempre dizemos aos nossos catequizandos.
Reconheço, neste final de ano catequético, que todos generosamente se entregaram de alma e coração à evangelização das crianças, adolescentes e jovens que vos foram confiados, partilhando e vivendo com eles a Fé em Jesus Cristo. Quero elogiar e agradecer o vosso trabalho, quantas vezes tão difícil e à custa de tantos sacrifícios, até o da própria família, mas o que seria da Igreja sem catequistas? Rezo a Deus por todos e cada um de vós e peço-Lhe que, no próximo ano de pastoral, quando recomeçar a catequese, nos reencontremos todos com os novos que entrarem, para prepararmos e vivermos em abundância o novo ano que aí vem.
A todos vós a minha gratidão e um abraço fraterno.

Padre César

terça-feira, 4 de julho de 2017

Aliança interrompida

Reflexão de Georgino Rocha


«O Papa escreve: “Os efeitos do atual desequilíbrio só podem ser reduzidos pela nossa ação decisiva, aqui e agora”. Em cada ser humano há uma energia, ainda que debilitada, que sempre alimenta o sonho da harmonia natural. Ninguém precisa de ser o chefe de uma empresa para fazer mudanças. Pessoas comuns podem ajudar a natureza ameaçada. Por isso, ele propõe alterar estilos de vida através de pequenos gestos quotidianos como a reciclagem; a separação do lixo; e colocar um casaco ao invés de aumentar a temperatura.»

A harmonia original é interrompida pela pretensão do ser humano querer alterar o pacto acordado com o Criador. Em vez de uma relação entre desiguais, pois é criatura, quis passar a uma outra de iguais. O autor sagrado recorre ao mito da árvore da ciência do bem e do mal. A insinuação vinda de uma força estranha, exterior, seduz o coração humano e faz germinar o desejo de experimentar. A tentação de autoafirmação surge com elegância e persuasão. O casal aventura-se e quer saborear a novidade sonhada. Pretende construir o seu próprio projecto, sem outro critério que não seja o poder dispor de si e de usar as suas capacidades de definir o bem e o mal na história, e de dominar, como lhe apraz, as criaturas e o meio envolvente. Ao querer viver em liberdade e usufruir da vida, acaba por se deparar com a nudez que envergonha e a incomunicação que ensurdece, o esconderijo que isola e a acusação que revolta.

Os sinais da desordem introduzida sucedem-se ao longo da história. Os primeiros passos da humanidade estão marcados pelas sequelas da alteração ocorrida. É como a fonte da água poluída que vai contaminando os campos necessitados de rega. A relação do homem com a mulher torna-se conflituosa e a dos irmãos origina a inveja e a violência de morte. A situação desordenada da terra é suja e empobrecida com o sangue derramado e as lutas mortíferas, com a inversão de valores e adulteração dos critérios no uso das coisas.

A desarmonia nasce no coração humano que sofre de um vazio nunca plenamente satisfeito e se repercute na relação vital com os outros, com a natureza e com Deus. E quem nasceu para a comunhão geme a amargura da sua auto-exclusão pervertida e da escala de valores que pautam o seu comportamento ético, do ostracismo a que é votado, frequentemente.

Em todas as rupturas, há sempre um sinal que deixa vislumbrar a esperança de uma nova situação e de ser renovada a aliança celebrada. O Criador toma a iniciativa de arranjar roupa para a nudez do casal originário, de assinalar o assassino do irmão para ser poupado à retaliação, de fazer o apelo/convite a Noé para construir a arca e salvar do dilúvio um resto exemplar. Deus compromete-se a nunca mais destruir a terra nem a humanidade. E como sinal desta “palavra de honra” fica o arco-íris, o arco-da-velha aliança.

Hoje, a crise ecológica configura-se de muitos modos que ameaçam a casa comum da natureza e do ambiente de caminhar para uma catástrofe de consequências incalculáveis. O Papa Francisco, apoiando-se em estudos científicos de autores sérios e no magistério da Igreja, não cessa de alertar para este perigo. A sua encíclica “Louvado Sejas” (publicada a 24 de Maio de 2015) constitui, sem dúvida, a «carta magna» da Igreja nesta matéria. E também aduz a esperança de um novo rumo que possa refazer a relação natural de harmonia entre todos os seres, entre os humanos, a natureza e seu Criador. Relação agora selada por Jesus Cristo com a sua vida, morte e ressurreição, como se apresentará em outro apontamento.

O Papa escreve: “Os efeitos do atual desequilíbrio só podem ser reduzidos pela nossa ação decisiva, aqui e agora”. Em cada ser humano há uma energia, ainda que debilitada, que sempre alimenta o sonho da harmonia natural. Ninguém precisa de ser o chefe de uma empresa para fazer mudanças. Pessoas comuns podem ajudar a natureza ameaçada. Por isso, ele propõe alterar estilos de vida através de pequenos gestos quotidianos como a reciclagem; a separação do lixo; e colocar um casaco ao invés de aumentar a temperatura.

Li aqui 

sábado, 1 de julho de 2017

Informações Paroquiais


  Semana de  2 a 9 de julho 


1. – Domingo, dia 2, reunião do Apostolado da Oração, às 16:00 Horas, na Biblioteca da Igreja Matriz.
2. – Reunião de preparação para os Batismos, sexta-feira, às 21:00 Horas, na Igreja Matriz.

3. – O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai realizar o Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré no sábado, dia 8 de julho, no Jardim 31 de Agosto com início às 21 horas. Todos estamos convidados.

4. – As pessoas interessadas em levar ou enfeitar os andores na Procissão de Nossa Senhora da Nazaré podem dar o nome no Cartório Paroquial.

5. – A Coleta Paroquial é uma das receitas fundamentais para o funcionamento normal da nossa Paróquia. Para isso, está a ser colocado nas caixas do correio de todas as casas, um envelope onde os paroquianos poderão colocar a sua oferta e entrega-lo nos ofertórios das missas, ou no Cartório Paroquial. Agradecemos desde já a partilha e generosidade de todos.

Gafanha da Nazaré: Alameda Prior Sardo

A Alameda Prior Sardo é uma justa homenagem ao primeiro gafanhão que concluiu um curso superior e que desempenhou, nesta sua e nossa terra, um papel relevante a nível religioso, social, cultural, administrativo e até político. Uma alameda é, por definição, em resumo, uma rua ladeada de árvores. Mas, apesar de as árvores não serem assim tão expressivas, lá há de vir o tempo em que a Alameda Prior Sardo se apresente bem arborizada. 
Quem vai pela Av. José Estêvão, pode entrar na Alameda junto à Pastelaria Gafapão. No seu trajeto, que se estende até à rua Gago Coutinho, o viajante encontra o monumento dedicado ao Mestre Manuel Maria Bolais Mónica e a Escola EB 2,3. 
Não há dúvida de que o Prior Sardo foi figura preponderante na construção da Gafanha da Nazaré, pela sua intervenção multifacetada. Do seu empenho, nasceram a freguesia e a paróquia, em 1910, de que foi seu primeiro pároco. Antes, fora capelão, desde 1902.
Lê-se na Monografia da Paróquia, “Gafanha – N.ª S.ª da Nazaré”, que o Prior Sardo “não era alto, mas era forte”. Dotado de “uma força física extraordinária”, era “muito ativo” e tinha muita “paciência”. Também se dizia que era muito “genicoso”, a par de grande pregador. “Num sermão, chorava mais do que uma criança”, acrescentava-se. Além disso, tinha uma empresa de bacalhau, de que era gerente, e foi político, exercendo o cargo de vice-presidente da Câmara de Ílhavo. Chegou, inclusive, a ser presidente interino, durante dois períodos, como adiante se especifica. E quem hoje circula pela estrada velha que ligava a capela da Chave [primeira matriz] à ponte de Ílhavo, na Gafanha de Aquém, atravessando a que é, presentemente, a Av. José Estêvão, talvez nem saiba que esse melhoramento se deve ao Prior Sardo, obra que reclamou muito antes de exercer o cargo de vice-presidente da autarquia. Foi durante o desempenho do cargo de Presidente da Câmara de Ílhavo, lugar que ocupou, interinamente, durante dois períodos (entre 27 de Março de 1909 e 2 de Janeiro de 1910; e entre 4 de Julho de 1910 e 4 de Setembro), que se procedeu ao pagamento das despesas da referida estrada. Depois, dinamizou o processo da construção da igreja Matriz, que foi inaugurada em 1912, tendo falecido em 20 de Dezembro de 1925, com apenas 52 anos de idade. 
Entretanto, o Padre Vieira Rezende, referido noutros contextos, sublinha, na sua “Monografia da Gafanha”, o zelo com que o Prior Sardo desempenhou o seu múnus sacerdotal, transcrevendo uma lapidar informação do nosso primeiro prior: “O asseio que hoje já se nota nas habitações da Gafanha tem alguma coisa de instrutivo. É o resultado das persistentes insinuações da limpeza que eu sempre prego, quer nas homilias, quer no confessionário, e que é em parte complementar do asseio que desejo e quero nas almas.” 

Fernando Martins

Escrito e publicado em 28 de novembro de 2012