quinta-feira, 1 de junho de 2017

Festa de Nossa Senhora da Nazaré só religiosa


A informação paroquial sobre a impossibilidade de se organizar a festa em honra da nossa padroeira, para além da parte religiosa que nunca esteve em causa, é claríssima: não há comissão para se preparar a parte profana. 
Nunca fui um apaixonado por festas e arraiais, mas isso não me impede de reconhecer a importância dos festejos tradicionais em honra dos padroeiros das paróquias ou outros santos. É que as festas são sempre um encontro ou reencontro de amigos e conhecidos, enquanto promovem o convívio, a partilha e a alegria, tudo em nome da descontração necessária. 
É sabido que as festas surgiram, em grande parte, para encerrar períodos árduos de trabalho nos campos, em especial nas colheitas, e noutra tarefas profissionais. Eram momentos para desanuviar o espírito, para desentorpecer os músculos, para esquecer agruras, para aliviar o stresse, como agora se diz. Daí o facto de a Igreja, desde os seus primórdios, ter feito a aculturação das festas profanas, assimilando-as e completando-as com o espírito cristão. Assim, as festas em honra dos padroeiros têm, normalmente, a componente religiosa ligada à componente profana.
É claro que eu não alinho na onda de festas nas quais se gastam muitos milhares de euros, mas aceito festejos em que haja contenção de despesas.
Pode ser que no próximo ano surja gente corajosa para honrar Nossa Senhora da Nazaré. 

Fernando Martins

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