sexta-feira, 14 de abril de 2017

Quinta-feira Santa: Eucaristia com cerimónia de “lava-pés”


Cortejo de entrada
"Lava-pés"

Discípulos: Maria Júlia; Susete Jorge; Helder Fernando; Manuel Pata; Arménio Gandarinho e Hermenegildo Sousa.

Discípulos: Paulo Gandarinho; Rosa Semião; Leonilde Silva; Alfredo Silva; Marília Pereira e Manuel Garrelhas.

Momento da comunhão

O meu irmão representa 
sempre o rosto de Jesus Cristo

Na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, celebrou-se a Eucaristia própria da Quinta-Feira Santa, 13 de abril, pelas 20h30, que inclui a cerimónia do “lava-pés”, gesto que Jesus Cristo, na última ceia com os seus discípulos, legou à humanidade. O nosso prior, Padre César Fernandes, à homilia, lembrou que a Quinta-Feira Santa deve ser vivida pelos cristãos como «um dia memorável» por ter sido o dia da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio.
Refletindo sobre a última ceia de Jesus com os seus amigos, o nosso prior disse que nessa altura «já o demónio tinha metido no coração de Judas Iscariotes a ideia de O entregar». E acrescentou: «A traição de Judas revela a profundidade do coração humano que é umas vezes capaz de atitudes e gestos mais nobres, como a amizade, o amor e a lealdade; mas também revela aquilo que no homem é mais vil, como o ódio, a traição e a desonestidade.»
O presidente da assembleia eucarística sublinhou o mandamento novo legado por Jesus aos seus discípulos e a todos os homens de boa vontade, que se traduz no “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei; esse é o sinal pelo qual conhecerão que sois meus discípulos”. 
O Padre César adiantou que Jesus «é o mestre que nos dá o exemplo». Deu-nos o Seu corpo como alimento e lavou os pés aos discípulos que participaram na última ceia. Gestos que são «uma expressão de grande serviço, de amor e de entrega do próprio Jesus Cristo». E depois entrega-lhes um mandato para ser perpetuado através dos séculos: “Vistes como eu vos fiz; fazei-o vós também”, frisou o nosso prior. 
A nós, cristãos, só nos resta cumprir o mandato de Jesus, porque «o meu irmão representa sempre o rosto de Jesus Cristo; pode ser um rosto desfigurado, pálido, que não me agrade, mas é sempre um próximo», disse. Salientou ainda que temos «de nos condoer com o seu pecado — que é, para os crentes, uma doença a nível espiritual». No fundo, concluiu o nosso prior: «cada um de nós terá de saber amar o outro até ao limite, perdoando e pedindo perdão, se for caso disso». 

Fernando Martins

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