domingo, 16 de abril de 2017

Os nossos orgulhos devem dar lugar ao amor








A beleza da liturgia aproxima-nos de forma indelével do divino. Numa cerimónia litúrgica, o crente experimenta sensações inexplicáveis. Os textos sagrados enquadram-nos nos motivos que celebramos e os cânticos elevam-nos até ao transcendente. Podemos dizer que, ao interiorizarmos o que ouvimos e vemos, somos envolvidos pelo espírito de Deus. 
Nas celebrações da Semana Santa em que participámos, com seus ritos e ritmos, experimentámos a beleza e o amor de Deus que, em Jesus Cristo, padeceu, foi crucificado e ressuscitou para nossa redenção. 

A vigília pascal, porventura a mais extensa e intensa celebração cristã, deixa marcas profundas em cada crente. E à homilia, o nosso prior, Padre César, proclamou: «Jesus, aquele que procurais, ressuscitou; não está aqui.» «E esta verdade — sublinhou — é a grande razão da nossa fé e da nossa esperança.»
Com a ressurreição de Jesus Cristo, importa acreditar que «Ele introduziu na história algo de novo; deu-nos a alegre notícia e uma saída feliz para as nossas vidas; a ressurreição é a garantia de que todo o homem tem futuro; e na história tem o horizonte da esperança». 
Frisando que o cristianismo nasceu com a ressurreição de Jesus, o nosso prior adiantou que «esse Jesus continua a agir na vida dos seus discípulos e nas nossas próprias vidas», salientando que ao longo da história «tem havido tantos homens e mulheres que se deixaram atrair por este Cristo vivo». Daí que, «cada um de nós também tem de se deixar atrair por Ele, para podermos desempenhar cabalmente a nossa missão neste mundo, como homens e mulheres batizados». 
O presidente da celebração da Vigília Pascal alertou para a premência de anunciarmos este Senhor da vida, em especial aos pobres e desanimado, mas ainda aos mais infelizes, considerando imperativo de todos «deixarmo-nos absorver por essa vida nova do Senhor ressuscitado». E finalizou a sua homilia, proclamando que «as nossas conflitualidades devem dar lugar à ternura e à paz; os nossos orgulhos feridos devem dar lugar ao amor — o amor que Jesus Cristo nos veio ensinar». 

Fernando Martins

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