quarta-feira, 13 de março de 2024

Bispos portugueses alertam para as desigualdades sociais


O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou hoje a participação dos eleitores nas legislativas do último domingo, pedindo aos responsáveis políticos que encontrem “soluções para os problemas e as desigualdades sociais”.
Em nota enviada à Agência ECCLESIA, após a reunião mensal do organismo, os membros do Conselho realçam “a forte diminuição do abstencionismo e a forma pacífica e educada como decorreu o processo eleitoral, expressões da consolidação do sistema democrático” em Portugal, 50 anos após a revolução do 25 de Abril.
A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo situou-se nos 33,77%, a mais baixa desde 1999, quando ficou nos 38,91%; os números deixam de fora os eleitores residentes no estrangeiro, dado que estes valores vão ser conhecidos a 20 de março.
“O Conselho apela aos democraticamente eleitos para que garantam a estabilidade política durante a legislatura e reforça a mensagem da Conferência Episcopal divulgada antes das eleições: que os eleitos estejam ao serviço do bem comum, devolvam a esperança e a confiança aos cidadãos e encontrem soluções para os problemas e as desigualdades sociais”, acrescenta a nota.

In Ecclesia

sexta-feira, 8 de março de 2024

RAMADÃO

Os muçulmanos fazem jejum. Será  que entre nós, 
católicos, o jejum estará a cair no esquecimento?


No dia 10 de março tem início o Ramadão, que termina a 10 de abril. Durante um mês (o nono mês lunar do calendário islâmico), portanto, os muçulmanos, da alvorada ao pôr do sol, fazem jejum. Apenas são permitidas duas pequenas refeições, uma, “su-hoor”, antes do nascer do dia e outra, “iftar", o mais comunitária possível, com o crepúsculo.

segunda-feira, 4 de março de 2024

O amor é uma escolha

O amor é um compromisso. Uma escolha de fazer de si mesmo um instrumento da felicidade de alguém.
O amor que alguém sente não resulta de nenhuma atração, sedução ou encanto, mas da decisão corajosa que o leva a arriscar-se, apresentando-se ao outro como é, com todas as suas falhas, feridas e perdas.
Hoje, o egoísmo, o contrário do amor, está muito mais na moda. Chega a parecer a atitude certa face aos outros, procurando neles o que haja para nos satisfazer os apetites, desejos e prazeres… mais do que procurar em si o que pode semear e alimentar a felicidade no outro.
Amar não é ser feliz, é lutar pela felicidade, não a minha, mas a do outro, não a deste mundo, mas a do outro.
O casamento não é uma promessa de um enamoramento sem fim, mas um compromisso de para amar o outro sempre e apesar de tudo.
Os egoístas chegam ao amanhã, mas nunca à eternidade. Essa é apenas para quem decide amar e ama.
A escolha de amar é árdua porque exige que se renuncie a muitas opções que estão associadas ao sucesso. Chega a exigir que se escolha amar o outro naqueles dias em que a vontade era a de não se estar sequer perto dele.
Não esperes por Deus. Amar é fazer-se semelhante a Deus. É ir ao seu encontro.
Quanta força e coragem é necessária para dia após dia, apesar de tudo, fazer o amor dar frutos através de gestos concretos. Dizendo ao outro através de obras: Sim, aceito-te! Sim, quero-te feliz! Sim, amo-te!

José Luís  Gomes Martins

Da ECCLESIA

domingo, 3 de março de 2024

Bispos portugueses pedem diálogo honesto


“Escolher quem nos representa no Parlamento é um dever de todos e ninguém deve excluir-se deste momento privilegiado para colaborar na construção do bem comum. A abstenção não pode ter a palavra maioritária nas eleições do próximo dia 10 de março”, lê-se numa nota da Conferência Episcopal Portuguesa, divulgada no dia 20 de fevereiro.
Os bispos portugueses alertam para o “momento difícil” e a “crise de confiança” que se vive no país, e apelam ao “diálogo honesto”, tendo em vista as legislativas do próximo dia 10 de março. “No tempo de debate e reflexão pré-eleitoral em que nos encontramos, exige-se um diálogo honesto e esclarecedor entre os partidos políticos, com a apresentação de programa exequíveis e conteúdos programáticos que não se escondam por detrás de manobras mediáticas e defraudem a esperança dos cidadãos”, adiantam na nota intitulada ‘Eleições Legislativas Restituir a esperança aos cidadãos’. E rematam: “Só assim os cidadãos podem optar pela adesão a projetos concretos e não a votar pela raiva ou desilusão ou, pior ainda, a não votar.”

Fonte: TIMONEIRO

Bispo de Aveiro orienta retiro quaresmal

O Bispo diocesano, D. António Moiteiro,  orienta no fim de semana 16 e 17 de março, na Casa Diocesana de Albergaria, um retiro sobre a Eucaristia para todos os agentes de pastoral.
 O retiro integra a caminhada quaresmal que estamos a viver,  em ordem à preparação do Congresso Eucarístico Nacional, a celebrar em Braga, de 31 de maio e 3 de junho.
Pede-se a todos os interessados (catequistas, ministros extraordinários da comunhão, membros das Confrarias do Santíssimo Sacramento, consagrados…) que façam a sua inscrição para a Cúria Diocesana (telf. 234 377 140).

sábado, 2 de março de 2024

O BÚZIO

«Tão pobrezinha [a primeira capela] que estava desprovida de torre, ou simples campanário, e de sinos.
Sem campanário, sem sinos… Como remediar a falta? Como convocar os fiéis para a santa Missa, para o exercício do culto divino?
Tem o seu quê de regional e de poético a maneira como remediaram a falta e como convocavam os fiéis ao templo. No dealbar do dia, ou à tarde ao mergulhar suave e majestoso do sol nas águas do Oceano, conforme a convocação se fizesse para o Santo Sacrifício ou para as orações da manhã ou da noite, um repolhudo gafanhão, improvisado de sacrista, dirigia-se para o templozinho cheio de misticismo, descalço, de cuecas a cair sobre a rótula, cingidas pelo cós com um só botão às ancas espadaúdas. De barrete pendente sobre as orelhas, contas ao pescoço sobre a baeta da camisola, e de gabão velho, esburacado, deixava fustigar pelo vento da madrugada as canelas magras e nuas.

Religiões na construção da fraternidade humana

RELIGIÕES UNIDAS



“É em nome de Deus que somos convidados a essa fraternidade que recusa formas divisionistas e conflituais e discursos que convidam ao confronto e à desigualdade, à prevalência do estabelecimento de separações, em detrimento de pontes que abraçam e que acolhem.”

Li na Ecclesia